Nas águas rasas do rio Parnaíba
Este vento espalha flores da vida.
E canto eu cá, com o rosto paíba,
Estando com saudades, ó querida!
Vejo rosas neste campo de abril!
Colho flores de alegria vivida!
Observando este belo orvalho inútil,
Esquecendo-me da vida sofrida.
Eu amo a terra muda e solitária
Que tais anjos deram-me de presente.
É como sentir esse vento quente!
Nestes louvores vejo a fantasia
Tentando fugir deste paraíso,
Onde se tem flores em demasia.